quinta-feira, 12 de maio de 2011

Origem de uma paixão


Eu gosto de futebol, adoro conversar sobre futebol porém gosto mesmo é de falar do Botafogo. Amo o Glorioso, meu sangue pulsa preto no branco, acompanho esse time de General Severiano em todos os cantos.
Me pergunto como um simples rolo, um caso do meu avô que reside lá no Ceará se tranformou nisto.Ele escutava e acompanhava constantemente os jogos do Botafogo pelo radinho e deixava o time da sua terra, o próprio Ceará, em segundo plano. Naquela época era fácil de se entender essa mania, anos 60, o Alvinegro era formado por Garrincha, Nilton Santos, Didi, Manga, posteriormente Jairzinho e Gérson, só craques.
E meu pai, o filho mais apegado(dentre quatro filhos) a meu avô. Iam pescar, acampar e escutavam os jogos do Botafogo sempre juntos. Esse filho veio para o Rio de Janeiro, mudou de ares, para um estado mais 'desenvolvido' e trouxe junto na bagagem a paixão pelo Glorioso.
O time que meu pai escutava pelo radinho lá no Ceará, não era mais o da década de 60 que trouxe diversos títulos, era um time sofrido que não ganhava mais nada. Porém meu pai continuou a paixão de meu avô e seguiu fiel ao Botafogo, indo pro Maracanã e para o extinto estádio de Marechal Hermes.
O tempo passou e eu nasci, filho único, dei sorte ao Alvinegro, década de 90 foi uma ótima fase do clube. Nos anos 2000 comecei realmente a sofrer pela Estrela Solitária.Sou neto de um botafoguense que herdou uma paixão gerada por um rádio em Itaitinga e me atrevo a dizer que o mais fanático dentre filho, pai e avô. De geração em geração foi passado um amor.O Botafogo corre como uma seiva na minha árvore genealógica.